Artigo do dia

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Thomas Edison não morreu

Escrito por André Filomeno


A cada lançamento hollywoodiano de produtos guiadores me convenço mais que um milionário de raros e grisalhos cabelos, vestido simploriamente com camisa preta, calça jeans batida e tênis New Balance é Thomas Edison que como Elvis nunca morreu.

O Feiticeiro de Menlo Park, como Edison ficou conhecido, sabia como arrecadar dinheiro e ficar permanentemente visível ao público, demonstrando a todos que tão importante quanto a revolução causada por suas invenções é o tamanho da atenção que elas chamam no momento de seu lançamento.

Thomas Edison utilizava-se de visuais estonteantes para exibir e demonstrar suas descobertas com a eletricidade. Demonstrava a todos que elas seriam base de futuras invenções como robôs e máquinas fotografar o pensamento humano, mas que na verdade não tinha idéia do que estava falando e nem intenção de alocar esforços para tornar essas loucuras tangíveis.

Na verdade ele queria chamar a atenção do público ao redor e fazer com que as pessoas falassem sobre ele a qualquer custo, ofuscando o seu ex-funcionário e grande rival Nikola Tesla, que para muitos estudiosos foi mais brilhante porém seu nome nunca chegou perto de ser conhecido como o de Edison.

A rivalidade entre os dois era tanta que apesar de suas mais de 1000 patentes revolucionárias, e da invenção da lâmpada elétrica incandescente, Thomas Edison nunca foi coroado com um Nobel de Física, justamente por em 1915 recusar a dividir o prêmio com Tesla, sendo então entregue a um par de físicos ingleses da época.

Agora fazendo os devidos ajustes históricos, aproximando 1847 a 2010, trocando "visuais estonteantes" por desing inovador, Nikola Tesla por Bill Gates, de "chamar a atenção do público ao seu redor" por "despertar o interesse nas multidões de fãns" e dos cabelos raros e grisalhos por cabelos raros e grisalhos, esse tal de Tomas Edison parece estar bem vivo e continua a revolucionar o mundo da música e do cinema, como fez a quase dois séculos com o cinetógrafo e o microfone.


André é administrador e mestrando em administração pela UFSC

www.iniciativaempreendedora.blogspot.com

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